Nota: 9,5
Desde que ouvi as faixas Now We Die e Killers & Kings como single digital eu tinha uma certeza, Bloodstone & Diamonds era o melhor disco de 2014, e por que eu sabia disso sem mesmo ouvir o restante? Simples, Robb Flynn é o músico mais versátil e inspirado do Metal atualmente.
Contando com um time vencedor, músicos talentosos como instrumentistas e compositores o Machine Head hoje é a prova de que Heavy Metal bem feito, inspirado e até com doses cavalares de ambição geram resultados espetaculares.
O processo de composição e produção de Bloodstone & Diamonds foi desafiador por dois motivos: 1) Após os excelentes Through The Ashes Of Empire (2003), The Blackening (2007) e Unto The Locust (2012) seria muito difícil entregar algo no mesmo nível. 2) Adam Duce, baixista e um dos fundadores da banda, saiu brigado e processando Flynn exigindo uma grana alta. O que poderia afundar o projeto surgiu como um catalisador de inspiração, a banda soa forte e imponente, o Machine Head superou as expectativas e os problemas fazendo um disco impecável.
Duvidam? Então ouçam o petardo de cabo a rabo, as já citadas faixas abrem o disco de forma exemplar, sem deixar pedra sobre pedra. No embalo a ambiciosa e cativante Ghosts Will Haunt My Bones evidencia todo o poder criativo do Machine Head, as guitarras de Flynn e Phill Dammel escancaram o entrosamento de dez anos de parceria, um clássico imediato.
Então somos surpreendidos com mais um clássico Night Of The Long Knives, que fala sobre Charles Manson, munida de um baita refrão e da linha de bateria feroz de Dave McClain. Dando sequencia, a soturna Sail Into The Black é um respiro após o massacre imposto no início, uma alternância muito bem vinda.
Outros destaques vão para angustiante e pesada Eyes of The Dead, Beneath The Silt é um ode ao Pantera, o groove imposto pelo estreante Jared MacEachern é um soco no queixo, vale ressaltar as linhas vocais que se aproximam do trabalho feito no polêmico e excelente The Burning Red.
O disco é sim pretensioso, e os arranjos orquestrados e teclados de Incomes The Flood expõem as ambições da turma de Robb Flynn, Demage Inside serve de interlúdio para a furiosa e quase Hardcore Game Over, um momento de ternura que Flynn "homenageia" Adam Duce, pedrada das boas, vocais ensandecidos, guitarras furiosas e uma cozinha sutil como uma explosão.
Imaginal Cells é instrumental e fechando esse petardo temos Take Me Through The Fire, bem direta e remete diretamente a Unto The Locust, com coro de vozes no refrão, andamento mid tempo e uma overdose de peso.
Bloodstone & Diamonds é a maior prova de que o Heavy Metal ainda tem muito a dizer e quando uma banda se dispõe a escrever de forma livre, sem amarrações, rótulos e fórmulas pré fabricadas percebemos a efervescência do estilo. O Machine Head pode se orgulhar de possuir diversos registros clássicos em sua conceituada discografia.
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Now We Die
- Now We Die
- Killers & Kings
- Ghosts Will Haunt My Bones
- Night Of The Long Knives
- Sail Into The Black
- Eyes of The Dead
- Beneath The Silt
- Incomes The Flood
- Demage Inside
- Game Over
- Imaginal Cells
- Take Me Through The Fire
A Banda
Robb Flynn ( Vocais e Guitarras)
Phill Dammel (Guitarras e Backing Vocals)
Dave McClain (Bateria)
Jared MacEachern (Baixo e Backing Vocals)
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