22 de nov. de 2013

Dream Theater - Dream Theater




Nota: 8,5

O Dream Theater é um ícone do Prog Metal, a banda mais popular, amada e odiada do estilo é uma referência, um marco no quesito técnico, músicos excepcionais fazendo músicas altamente complexas mas melodiosas.

Entretanto desde o aclamado Six Degrees Of Inner Turbulence (2002) a banda devia um álbum excelente, os registros seguintes ( Train Of Thought, Octavarium, Systematic Chaos, Black Clouds & Silver Linnings e A Dramatic Turns of Events) são muito bons, e possuem momentos brilhantes, mas faltava algo para serem clássicos.

Finalmente sai o auto intitulado do Dream Theater, e podemos dizer que este traz a banda de volta a sua melhor forma, um clássico na essência, complexo, grandioso e igualmente emocionante.  Talvez a melhor comunicação entre os caras refletiu nisso, pois dizem que a relação com Mike Portnoy já andava desgastada há anos, especulações a parte, os bons álbuns anteriores deram lugar a um registro especial.

Destacar os músicos é algo desnecessários, são excelentes, vale ressaltar como o batera Mike Mangini evoluiu conseguindo  se distanciar de Portnoy  mas manter a identidade do Dream Theater.

False Awakening Suite, é uma faixa instrumental grandiosa que abre bem o álbum, algo como um inicio cinematográfico, impossível não se empolgar, até que The Enemy Inside entra sem  pedir licensa, John Petrucci aparece com riffs certeiros e seu timbre inconfundível, destaque para os grandes vocais de James Labrie que acerta em cheio no refrão.

As influências de Rush despontam na excelente The Looking Glass,  menos complexa mais empolgante tem uma melodia cativante, esse clima mais "simples" dá lugar a complexidade e virtuose de Enigma Machine, uma instrumental fantástica que remete a grandes momentos do passado como Erotomania e The Dance Of Eternity.

Em The Bigger Picture temos um retorno ao rock progressivo setentista, com ênfase em Jordan Rudess, os bons arranjos dos teclados ao fundo da mixagem criam um aspecto sonoro profundo, além dos bons arranjos de piano.  O clima soturno misturado ao peso em Behind The Veil  é guiado pelo baixo excepcional John Myung e pela bateria de Magini, que foi muito bem gravada, vale destacar o som de bumbo do álbum todo é sensacional.

Surrender To Reason traz a tona o Prog Metal mais clássico, o típico som do Dream Theater, os instrumentos construindo uma massa sonora complexa, com arranjos e compassos matemáticos aliados a uma melodia cativante, o duelo de John Petrucci e John Myung durante o solo de guitarra é muito legal.

A típica balada do Dream Theater aparece em Along For The Ride, sem grandes surpresas cumpre bem seu papel mas fica um pouco ofuscada diante do restante do material apresentado, mas vale a audição, e nesses momentos James Labrie mostra sua competência e identidade.

O grande épico do álbum é Illumination Theory e seus 20 minutos grandiosos e megalomaníacos, é a faixa que os fãs hardcore esperam, e os que não são fãs criticam, suites intermináveis, incursões orquestradas, solos de todos os instrumentos, temática complexa, tudo no superlativo, e exagerado sem economias, isso faz parte do Dream Theater, gostando ou não.

Acredito que Dream Theater era o trabalho que os fãs esperavam, mesmo lançando grandes discos em seqüência todos esperavam um registro que tirasse a banda de uma zona de conforto e a colocasse no topo como em diversos momentos de sua história, pois bem, James Labrie, Jordan Rudess, John Petrucci, John Myung e Mike Mangini escreveram mais um capítulo vitorioso na história do Prog Metal. Recomendo!!


The Enemy Inside


Dream Theater (2013)

1. False Awakening Suite
2. The Enemy Inside
3. The Looking Glass
4. Enigma Machine
5. The Bigger Picture
6. Behind The Veil
7. Surrender To Reason
8. Along For The Ride
9. Illuination Theory

A Banda

James Labrie (Vocais)
John Petrucci (Guitarras)
Jordan Rudess (Teclados e Sintetizadores)
John Myung (Baixo)
Mike Mangini (Bateria)


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