17 de jul. de 2012

Test Time Review #3 - Tiny Music...Songs from the Vatican Gift Shop


O tempo passa muito rápido, e quando damos conta percebemos que estamos há 10, 15, 20 anos do lançamento de um álbum ao qual gostamos, e foi exatamente esse sentimento que me motivou a escrever sobre Tiny Music...Songs from the Vatican Gift Shop do Stone Temple Pilots de 1996.

Porém só conheci o álbum em 1.999, há longínquos 13 anos e é incrível como este disco ainda me surpreende por mostrar uma sonoridade eclética, coesa, energética e criativa.

A Banda

Scott Weiland - vocais
Dean DeLeo - guitarras
Robert DeLeo - baixo
Eric Kretz - bateria

O Contexto!

Em 1996 o mundo do rock vivia uma grande ressaca, o Hard Rock que dominou os anos 80 e inicio dos anos 90 estava fora das paradas, o Grunge havia sido sufocado pela mega exposição da MTV, e uma das bandas que estourou junto com a turma de Seattle, justamente o STP, era considerado "A grande banda do momento".

Core e Purple são dois clássicos que apresentaram o quarteto de San Fransisco ao mundo, que insistia em chamá-los de Grunge,  talvez por isso Tiny Music veio tão diferente, flertando com Rock n Roll setentista, alternativo, pop e punk rock, com isso podemos ouvir uma banda buscando novos caminhos e novos desafios.

As impressões do passado!

Para quem conheceu o STP em Core e Purple, como foi meu caso, Tiny Music sempre ficou em terceiro lugar, era o álbum menos hard, menos rock, com um pé bem fincado no pop, com certeza não fazia a cabeça de um fã de música pesada como eu, ainda mais em 99.

Entretanto sempre gostei da sonoridade, e algumas músicas me pegaram de jeito, talvez Tiny Music tenha contribuído para eu buscar coisas do passado que não ouvia na época, tais quais The Beatles, The Police, Rolling Stones entre outros!

Tinny Music fez um grande sucesso até no fim dos anos 90, virou referência e projetou Scott Weiland, que a esta altura já havia protagonizado vexames pelo abuso de álcool e drogas, e marcou o ápice criativo do quarteto.


Como o álbum envelheceu?

 Tinny Music conseguiu transcender os anos 90 e deixar sua marca no universo, talvez o tempo tenha sido bem generoso já que ele continua atual.

As guitarras de Dean DeLeo e o baixo de seu irmão Robert, um grande instrumentista, são os motores do álbum, criando texturas, melodias e ritmos únicos, Weiland mostrou talento, genialidade e uma aula de interpretação, Eric Kretz é habilidoso  e toca de tudo.

Destaques? Quando ouço a intro Press Play viajo no tempo, talvez uma das melhores intros que eu tenha ouvido! Tiny Music é o álbum  mais coeso que a banda gravou, sendo ótimo como um todo, mas impossível não destacar a pegada alternativa e punk de Pop's Love Suicide,  o refrão excelente de  Big Bang Baby e toda a intensidade e força de Trippin' On a Hole in a Paper Heart o maior clássico do álbum e um hino da banda.

Tiny Music envelheceu bem, tirou a banda do status de promessa e projetou os caras para o topo, e isso  mostra que grandes discos de rock devem ser ousados, provocativos e principalmente honestos.

Como eu gostaria de ouvir mais álbuns como esse hoje em dia!



Press Play


Trippin' On a Hole in a Paper Heart 

Big Bang Baby


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