Stu Block, Jon Schaffer, Brent Smedley, Freddie Vidales, Troy Steele |
Costumo dizer que o Iced Earth poderia ser um gigante em popularidade dentro do Heavy Metal se Jon Schaffer conseguisse manter o ritmo de discos como The Dark Saga e Something Wicked This Way Comes, o que de fato não ocorreu, uma sequencia de álbuns que alternaram entre medianos e bons deram uma esfriada na carreira vitoriosa dos caras.
Quando Dystopia foi lançado, o bom e velho Iced Earth renasceu, uma pena que em uma outra era e com muita desconfiança de parte dos fãs.
Dystopia (2012)
O debut de Stu Block nos vocais é um dos melhores trabalhos do Iced Earth, musicalmente coeso e forte, ressuscita a sonoridade abandonada nos idos dos anos 90, podendo destacar a personalidade Jon Schaffer, que persistente e perseverante carrega todo o peso do nome nas costas.
O estreante vocalista tem um timbre que combina perfeitamente com todo o catálogo dos caras, graças a versatilidade e conhecimento técnico do canadense. O material gravado ajudou, uma vez que a sonoridade esperada pelos fãs finalmente deu as caras aqui.
Individualmente essa é uma das formações mais fortes do Iced Earth que ainda conta com o preciso veloz baterista Brent Smedley, Troy Steele consolidado como guitarrista solo e Freddie Vidales no baixo.
Quando Dystopia começa a tocar já sabemos que um novo clássico nasceu, a pegada power/thrash, bumbos a toda velocidade e os riffs palhetados abriram espaço para o despejo de fúria de Block, levando um refrão fácil e espetacular.
Outros clássicos são apresentados aos fãs ainda ressabiados, Anthem e Anguish of Youth trazem a fase de ouro de volta com muita melodia e toques emocionais, impossível não lembrar do legado de Mathew Barlow, a esta altura Dystopia já se mostra um peso pesado dentro da vasta discografia.
Revisitando o inicio da carreira, Days Of Rage se solidifica como a herdeira da primeira fase do conjunto tendo seus alicerces cravados em um lado mais cru do Heavy Metal, End Of Innocence herda as melodias da clássica Melancholy e Tragedy and Triumph coloca o lado épico e mais recente em evidência.
Quando o disco termina, a sensação de um renascimento do Iced Earth é incontestável, Jon Schaffer e Stu Block constroem uma nova base musical, se valendo de um passado brilhante e olhando para o futuro, a desconfiança que pairava no ar se dissipou e os fãs que sempre acreditaram no potencial dos caras, abraçaram a causa novamente.
Dystopia é o disco que recolocou o Iced Earth no topo e consolidou todo o legado construido por todos esses anos.
Dystopia
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A Banda
Jon Schaffer (Guitarras e Vocal)
Stu Block (Vocal)
Troy Steele (Guitarra)
Freddie Vidales (Baixo)
Brent Smedley (Bateria)
Após a tour de sucesso, o Iced Earth lança o duplo ao vivo Live In Ancient Kourion no Chipre, evidenciando a boa fase e todo o poder de fogo da nova formação.
O registro é interessante e fiel as apresentações ao vivo do conjunto, colocando música de todas as fases, uma prova de fogo para Stu Block, que consegue levar tudo com muita desenvoltura.
Plagues Of Babylon (2014)
Com a ausência temporária de Brent Smedley (que retornou a banda recentemente) o Iced Earth vem com o brasileiro Rafael Saiani como músico convidado, o núcleo Schaffer/Block/Steele se solidifica e assina a maioria das composições do então novo disco, o baixista estreante Luke Appleton substitui Freddie Vidadels (assumindo o posto de guitarrista e baixista do Ashes Of Ares, banda do Ex-Iced Earth Matt Barlow e do ex baterista do Nevermore Van Williams).
Em linhas gerais, Plagues Of Babylon não repete o mesmo desempenho do trabalho anterior, mas é um grande disco e supera facilmente a fase anterior, apesar de não alcançar o status de clássico, honra com propriedade o legado das melhores fases do Iced Earth.
O review completo pode ser visto aqui: Plagues Of Babylon
Plagues Of Babylon
Ouça no Spotify
A Banda
Jon Schaffer (Guitarras e Backing Vocals)
Stu Block (Vocais)
Troy Steele (Guitarras)
Luke Appleton (Baixo)
Raphael Saiani (Bateria, convidado)
Considerações finais
Pois bem, chega ao fim a última parte da discografia comentada do Iced Earth, espero que tenham viajado em meio a tantos discos, clássicos, acertos e erros, uma vez que a história da banda já se confunde com parte da história do Heavy Metal.
Atualmente o Iced Earth está em estúdio com o mesmo núcleo desde 2012, contando com o retorno de Brent Smedley nas baquetas, intitulado provisoriamente de The Judas Goat, o novo disco está prometido para 2016, espero que a boa fase continue por muito tempo.
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