Nota: 8
O Stone Sour lançou a segunda parte do seu álbum House of Gold and Bones neste ano de 2013, um projeto ambicioso que elevou ainda mais o nome da banda que vem em alta nos últimos anos graças aos ótimos álbuns lançados em sua discografia.
E desta vez não foi diferente, Corey Taylor, James Root & cia nos brindaram com um álbum intenso, dinâmico e livre de grandes rótulos. Tudo que se ouve transita entre Hard Rock e Heavy Metal de forma ampla, o Stone Sour consegue aliar peso, melodia boas letras amarradas a uma boa trama, e para quem pensa que este álbum é apenas a continuação pura e simples da primeira parte, se engana, existe grandes diferenças entre os dois álbuns.
House of Gold and Bones Pt2 é mais atmosférico, voltado para melodias soturnas e andamentos mais carregados e um pouco mais arrastados. Difícil dizer se é melhor ou pior que a primeira parte, vai depender do ouvinte uma vez que no álbum anterior a banda se aventura mais no terreno do Heavy Metal clássico, com muitas guitarras e duetos, desta vez, temos uma sonoridade que remete mais ao som característico do Stone Sour, com mais cadencia e grooves, ao meu ver, ambos se completam e criam a diversidade necessária para entreter o ouvinte.
Com muita personalidade, Corey Taylor consegue liderar a banda com maestria, sua versatilidade é a engrenagem da banda e com certeza é o melhor vocalista da geração atual, como não pode deixar de ser, ele tem um suporte magnifico, instrumentistas excelentes, criativos e competentes, James Root, Josh Rand, Roy Mayorga e o convidado Rachel Bolan formam uma equipe de peso.
A abertura com Red City é arrastada e sombria, mostrando um contraste com a pancada Gone Sovereing da primera parte, uma música tensa, funcionando como uma introdução macabra graças aos vocais angustiados e guturais de Taylor.
A balada Sadist, vem melancólica com ótimos arranjos, preparando o terreno para a pesada e cativante Stalemate, e sua alternância de levadas mais intrincadas no refrão com momentos simples e diretos, um ótimo trabalho de Roy Mayorga na bateria.
The Uncanny Valley possuí um grande trabalho das guitarras da dupla James Root e Josh Rand, mesclando acordes acústicos com riffs e solos elétricos, uma grande influência de Alice In Chains é notada nos vocais dobrados, timbres e na explosão de clímax no refrão, um baita som!
O álbum flui naturalmente, tanto que a audição é excelente, e passa rápido, quando nos damos conta já estamos na última parte do álbum, Blue Smoke é uma intro para a paulada Do me a Favor, primeiro single do álbum, arrebenta tudo! Uma grande linha de baixo, um baita refrão, uma bateria cavalar e claro guitarras nervosas e vocais insanos de Taylor. Um clássico.
A faixa título, House of Gold & Bones, é a conclusão das duas partes, e fecha muito bem esse ambicioso projeto, com uma linda de bateria marcante, e uma sequencia de solos arrebatadora, ponto para a dupla Root/Rand.
Um grande clássico que coloca o Stone Sour como uma das grandes bandas da atualidade.
Clipe de Do Me A Favor
House of God & Bones Part 2 (2013)
1. Red City
2. Black John
3. Sadist
4. Peckinpah
5. Stalemate
6. Gravesend
7. '82
8. The Uncanny Valley
9. Blue Smoke
10. Do Me A Favor
11. The Conflagration
12. The House Of Gold & Bones
Stone Sour:
Corey Taylor − vocals e piano
James Root − guitarra ritmica e solo
Josh Rand − guitarra ritmica e solo
Roy Mayorga − Bateria
Rachel Bolan - Baixo
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