Por isso, cá estou eu inaugurando o "TEST TIME REVIEW",
que consiste em uma análise de um álbum que já não é novo, mas que pode ter
sido ruim na época, mas que ficou bom com o passar do tempo, ou o contrário...
O escolhido para o TEST TIME REVIEW #1 (parece nome de
chamada de sorteio em rádio americana, PQP!) foi o terceiro disco da banda
germânica MASTERPLAN, intitulado MKII, referência a segunda formação da banda, algo que influenciou
DIRETAMENTE na sonoridade dela.
O material até hoje não é visto com "bons olhos" para os fãs mais puristas, mas é SIM um som autêntico, moderno, mesmo remetendo as características de Power Metal, que não é um gênero dos mais inovadores...
As linhas vocais de Mike DiMeo (ex-Riot) encaixam-se como
uma luva na proposta do material, mais melódico (nada a ver com power
metal/metal melódico, e sim do vocal ter mais melodia), porém ainda agressivo e
rápido! Foi uma ótima escolha de Roland Grapow preferir um vocal TOTALMENTE diferente do
antigo vocalista.
Já a linha instrumental da bateria, me remete a um material
já gravado pelo Uli Kusch, porém, regravado pelo Mike Terrana (ex-Rage), que
deve ter acrescentado alguma coisa aqui e ali.
O Disco em si (não, não é a nota musical).
Phoenix Rising - Introdução instrumental, que ainda não tinha
sido utilizada em nenhum material da banda. Pode assustar alguns, mas mostra
bem o que está por vir (vide a linha de cordas e samples no teclado).
Warrior's Cry - Depois daquela intro calma... entra a banda
já CHUTANDO TUDO! Extremamente rápida e melódica! Destaque pra base do Grapow,
e o Terrana detonando no bumbo duplo. Além do teclado de fundo... Ah sim,
BAITA solo!
Lost And Gone - Música que dá nome ao EP da banda, e que também
teve um clipe gravado. Mostra bem a diferença do material para os demais já
lançados da banda. Axel (tecladista) participa
diretamente dela com uma ótima base . Soa meio sombria, com bastante melodia,
mas com partes rápidas. E sim, algo que não creio que muita gente tenha
percebido, mas tem uma linha de "cravo" na música. Demonstra bem a
proposta do álbum.
Keeps Me Burning - Primeira
música que tive contato do novo material, em meados de 2006 (final de 2006),
soa como "Heroes" (música do primeiro álbum da banda), acho que
devido a batida da bateria. Que ainda assim tem umas partes truncadas com bumbo
duplo. DiMeo manda bem nela!
Take Me Over - A intro dela é bem calma com violão, depois
passa a BEM pesada com a bateria/guitarra/teclado entrando juntos... ora bem melódica, ora bem pesada, e com um
show de Mike DiMeo.
I'm Gonna Win - Já disse que gosto de letras positivas?
Então... o teclado se sobressai aqui,
provavelmente é uma música do Axel.
Watching The World - Outra que mostra bem o álbum, ora
rápido, ora melódico. Nesse caso, com um toque meio sombrio (no seu início).
Call The Gipsy - Tem uma levada mais hard rock, mas com o
peso do Masterplan... e um show a parte de Mike Dimeo.
Trust In You - Com um belo começo Vocal/Piano/Bateria, e
mais um ótimo trampo do DiMeo nos vocais, aparenta ser uma possível balada, porém,
pesada demais pra ser uma. Gosto da carga melódica dela, e das partes truncadas
na bateria.
Masterplan - Achamos a minha preferida... ironicamente, é
uma música do Uli Kusch (ex-baterista), extremamente rápida, pesada, e
truncada. Além de um refrão bem grudento. Ah... e pra não esquecer, mais um
show do Mike DiMeo. Aliás, a banda toda se sai bem aqui.
Enemy - Mais uma música mais melódica, não tão rápida quanto
a anterior, mas que mantém o a pegada. Ótima letra também.
Heart Of Darkness - Soa como "continuação" de Lost
And Gone, é uma música mais triste, melódica, e bem pesada e longa.
*The Master's Voice - Sim, intro instrumental até no EP, de
violoncelo/violino, passando por metais ... e coral. Não podia deixar passar o comentário
sobre ela: Belíssima.
*Dying Just To Live - Música acústica/elétrica, me lembra
"Lord I'm Dying", música de trabalho solo de Roland Grapow. Linda
letra, e mais um ótimo trabalho vocal do DiMeo.
(*) Músicas lançadas do EP "Lost And Gone" (2007) e "bônus tracks" na versão Russa de MKII.
Passados 5 anos de seu lançamento, MKII continua a ser um
"Masterpiece" pra mim. Creio eu, devido a variação do mesmo, e soar
diferente de qualquer material da banda. Outra coisa a salientar, é que com esse tempo, dá pra
entender muita coisa relacionada a banda/material/época:
Roland Grapow se virou sozinho com a banda, e conseguiu "revelar"
um GRANDE material, mesmo tendo que repor peças, e etc. Carregou a
responsabilidade da banda pra si, e saiu-se MUITÍSSIMO bem. Não citei tanto a
linha dele no review "música a música", mas mostrou um leque
impressionante de material. Além da composição, claro.
Axel Mackenhott, acho que foi um dos responsáveis da banda
soar mais melódica, conseguiu suprir a lacuna de composição deixada pelo Uli
Kusch de forma própria, e autêntica. (Esse fato de surprir composição, foi
confirmado pelo Roland Grapow, anos depois).
Mike DiMeo, independentemente dos problemas ao vivo, mostrou
MUITA competência no álbum. Encaixou-se PERFEITAMENTE na sonoridade do mesmo.
Além do processo de composição que foi parecido com os primeiros: "Estamos
com a música pronta, se vira, encaixa a letra e vocal!" (coisa que Roland
e Uli fizeram nas composições anteriores). Enfim, uma pena não ter dado certo,
mas é responsável por algumas principais características que me fazem gostar do material. Ironicamente, na época, o criticava muito.
P.S.: Pensei que ia sair altas trolladas aqui, mas nem saiu.
Na próxima, prometo chutar o pau da barraca!
2 comentários:
Nem sabia que essa banda ainda existia...
Pois é, o Andreh,que escreveu esse review e é colaborador do blog também curte o som dos caras, atualmente, eles voltaram com Jorn Lande e gravaram mais um álbum em 2010... Mas Roland já deixou claro que a banda é mais um projeto dele, que está focado como promotor...
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