Claude Schanell, Vinnie Appice, Dio, Jimmy Bain e Craig Goldy |
Dream Evil (1987)
Após a conturbada saída de Vivian Campbell no inicio da promoção de Sacred Heart, Dio já havia escolhido Craig Goldy para assumir as guitarras, com um estilo muito similar a Richie Blackmore com toques mais atualizados, Goldy se adaptou muito bem, sendo habilidoso e consistente além de bom compositor.
Mantendo o restante do time, com Appice, Bain e Schnell, o resultado foi um disco forte bem consistente com excelentes momentos, resgatando em parte uma sonoridade mais próxima do Rainbow com influências Heavy Metal, retomando um pouco do que foi feito nos dois primeiros trabalhos.
O inicio do disco é simplesmente demolidor, Night People, Dream Evil, Sunset Superman e All The Fools Sailed Away são clássicos absolutos do gênero, com um começo arrasador, já podemos colocar Dream Evil como um clássico, mesmo que nas faixas seguintes temos uma leve queda na intensidade, mas de forma alguma diminuiu o poder do disco.
Musicalmente Dio tinha reencontrado o caminho após escorregar no bem sucedido, mas mediano Sacred Heart, colocando um equilíbrio entre guitarras e teclados e incluindo arranjos mais sóbrios porém mais vibrantes.
A repercussão não foi tão calorosa como os três primeiros trabalhos da carreira solo, muito devido a mudança de cenário musical, com extrema polaridade entre o Hard Rock festivo e o Thrash Metal, mas mesmo assim, Dio continuou vendendo bem e fazendo shows em grandes palcos, mas mudanças viriam a frente.
A Banda
Ronnie James Dio (Vocal e Teclado)
Craig Goldy (Guitarra)
Jimmy Bain (Baixo)
Vinny Appice (Bateria)
Claude Schnell (Teclados)
Após a tour de Dream Evil no fim de 1988, Dio dá uma pausa e pensa em uma possível reformulação interna, Craig Goldy se dedica a projetos solos e trilhas para o cinema, gerando inúmeros compromissos, Claude Schenell também se desliga após a tour, ficando Ronnie, Appice e Bain incumbidos de continuar com a banda.
Lockup The Wolves (1990)
Para a guitarra Dio ouviu centenas de músicos e quem levou a vaga foi um inglês de 17 anos, Rowan Robertson, assume o posto e impressiona a todos na banda, para os teclados Jens Johansson (na banda de Yngwei Malmsteen na época) é efetivado e assim iniciam a pré- produção do quinto disco de estúdio.
Problemas com alcool e drogas tiram o baixista Jimmy Bain da banda e Appice se afasta devido a conflitos contratuais e musicais, Dio rapidamente recruta o baterista Simon Wright (AC/DC) e o baixista nova iorquino Teddy Cook, assim a banda Dio estava reformulada e finalizaria os trabalhos em estúdio.
Lockup The Wolves explora uma sonoridade diferente dos trabalhos anteriores, um pouco mais cru, com arranjos mais voltados as guitarras de Robertson que tem uma forte influência de Joe Satriani, e muita ênfase em fraseados de baixo carregado em grooves e bases do Blues, claramente Dio tentava se recolocar em um mercado em transformação.
Mesmo com uma suposta crise de identidade, Dio acerta mais do que erra por aqui, Wild One é um pancada na orelha, uma abertura que salienta a força de Robertson, um guitarrista fabuloso, e o mais técnico dos que passaram pela banda, dois temas Hard Rock emplacaram como a espetacular Born On The Sun e a cativante Hey Angel, mais acessível mas igualmente legal, mais destaques positivos para a bela e sombria Lockup The Wolves (que solo de guitarra!) além da emocionante My Eyes, com mais uma aula de Dio nos vocais e um excelente trabalho de Jens Johansson.
Robertson, Dio, Johansson, Wright e Cook |
* Rowan Robertson ainda foi empresariado por Wendy Dio após a saída da banda com a ida de Ronnie para o Sabbath, mas no meio do caminho se envolveu com o Jazz e o Fusion e se dedicou ao estilo quase que integralmente.
A Banda
Ronnie James Dio (Vocal e Teclado)
Rowan Robertson (Guitarra)
Teddy Cook (Baixo)
Simon Wright (Bateria)
Jens Johanson (Teclados)
Strange Highways (1993)
No final da tour de Dehuzmanizer do Black Sabbath e troca de farpas entre Dio e Iommi/Butler referentes a abertura de shows para a banda solo de Ozzy Osbourne, Dio e Vinnie Appice deixam a banda e retomam as atividades da banda DIO, contando com Tracy G (que tocou com Bain e Appice numa banda chamada World War III) na Guitarra e Jeff Pilson no Baixo, a nova formação começa uma nova era.
O sucesso da linha sombria de Dehumanizer fez com Ronnie alterasse a proposta de sua banda e com Tracy G, um guitarrista habilidoso e focado em um estilo mais moderno e pesado, insere uma nova característica ao som, com letras realistas e críticas, riffs pesados com uma afinação mais baixa, o resultado foi espetacular.
Strange Highways foi injustamente criticado por parte do público, ávido por mais do mesmo, as composições são fortes, os vocais de Dio são agressivos e ríspidos, abusando de drives, Tracy G comanda as guitarras com perfeição, usando muito bem suas técnicas com pedais e criatividade, a cozinha de Appice e Pilson adiciona groove e peso, de acordo com a proposta, a banda estava afiadissima.
A abertura com Jesus, Mary & The Holy Ghost é uma pedrada com um belo riff de Tracy G, um dos destaques que vem para chocar os ouvintes, Hollywood Black é um show de peso e groove, Strange Highways é um hino Doom Metal que estaria em qualquer álbum do Black Sabbath, Pain abusa do direito de ser macabra e a fantástica Give Her The Gun é um deleite para os fãs da voz perfeita de Ronnie Dio e um solo perfeito de Tracy G.
Com músicos de primeira e inspiração para uma reviravolta na carreira, Dio conseguiu revitalizar seu projeto solo e trazer uma nova perspectiva sonora. Por mais que alguns fãs tenha torcido o nariz, Strange Highways é um dos melhores trabalhos do baixinho com voz de gigante, simplesmente imperdível. Deixe o preconceito de lado e aprecie essa jóia.
* Strange Highways sai em uma época conturbada, inclusive tem um vídeo com uma entrevista com Ronnie no tour bus, na qual ele é brutalmente sincero, sobrou para Vivian Campbell....
A Banda
Ronnie James Dio (Vocal e Teclado)
Tracy G (Guitarra)
Jeff Pilson (Baixo)
Vinny Appice (Bateria)
Vinny Appice, Tracy G, Dio e Jeff Pilson |
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