Nota: 7,5
O quinteto norte-americano vem se solidificando como um nome forte an cena do Hard Rock mundial, os toques pesados e veia de southern rock adicionam um tempero extra na mistura, uma vez que o BSC consegue transitar dentro desse universo sonoro, bons riffs, músicas mais pesadas, outras mais acessíveis, grandes refrões e uma boa dose de carisma, tudo envolvido por uma indefectível aura de rock do século XXI.
Em Kentucky a turma liderada por Chris Robertson se volta um pouco mais para o lado visceral de seu som em relação ao ótimo Magic Mountain, aqui as guitarras estão mais na cara, com riffs mais encorpados e a cozinha está mais carregada de grooves pesados como nas corretas The Way of Future e In Our Dreams, porém sem abrir mão de arranjos sulistas como as guitarras acústicas e os coros com backing vocals espertos na ótima Soul Machine, uma das melhores faixas do BSC.
No decorrer da audição podemos encontrar outros grandes momentos, como na simples e acertadamente comercial Long Ride onde a voz de Robertson e suas guitarras juntamente com Ben Wells conversam bem, a estranha e cativante War sai do lugar comum em um andamento de marcha interessante e um belo trabalho do batera John Fred Young.
Conforme o disco vai se desenrolando fica nítida a maior qualidade do trabalho, que é fazer um disco de Hard Rock respeitando suas influências e trazendo diversão ao ouvinte, ninguém quer reinventar o estilo por aqui, mas sim, fazer algo que gosta para pessoas que gostam do estilo, isso fica bem claro nas ótimas Cheap The Drink Alone e seus arranjos muito bem sacados e na pesada e intensa Rescue Me que apresenta uma enxurrada de peso e intensidade.
A intenção de soar mais orgânico citada anteriormente se faz presente em Dark Secrets que coloca sujeira e distorção dentro de um hard rock correto, talvez aqui tenha um defeito da banda, a tentativa de sempre emplacar um hit com um refrão em uma oitava acima, formula batida que fez o Nickleback virar um campeão de vendas por exemplo, acaba cansando mas não se torna um grande problema. A fórmula se repte, com mais sucesso em Born To Die, graças ao bom trabalho dos vocais de Robertson. O disco fecha com a balada acústica The Ramblers, uma viagem country das boas.
Kentucky é um grande disco de Hard Rock, proporciona diversão e grandes momentos sem precisar apelar para algo demasiadamente pretencioso, o que é bom, uma vez que os caras fazem bem o que se propõe sem necessariamente soar repetitivo. Uma boa pedida!
Kentucky (2016)
A Banda
Chris Robertson (Vocal e Guitarra)
Ben Wells (Guitarra e Backing Vocals)
Jonathan Lawhon (Baixo e Backing Vocals)
John Fred Young (Bateria e Backing Vocals)