O UFC Fight Night 89 teve um main event frustrante, uma vez que todos esperavam um combate feroz entre Rory McDonald e Stephen Thompson uma vez que a luta valia muito para ambos, uma vez que o vencedor já se destacaria para uma possível disputa do cinturão dos meio médios, entretanto a cautela e estratégia falaram mais alto.
Sem grandes destaques, Thompson conseguiu dominar as ações e venceu na decisão dos juízes, um combate morno, mas foi bem mais eficiente e acertou bem mais golpes com seus contra ataques precisos, Thompson capitalizou bem suas habilidades e está próximo do cinturão da categoria.
Por sua vez, Patrick Cote e Donald Cerrone protagonizaram a melhor luta da noite, um combate movimentado que mostrou que a decisão de Cerrone de subir para os meio médios foi acertada, dominou o lutador da casa nos dois primeiros rounds e conseguiu um grande nocaute no terceiro.
Resultado dos palpites Resultado dos palpites UFC 199: 3 acertos (Olivier Aubin-Mercier, Steve Bosse, Donald Cerrone) 2 Erros ( Joanne Calderwood e Stephen Thompson) Placar Geral: 27 Acertos, 26 Erros => 51% de acerto.
O Canadá volta a ser palco do UFC, abrigando um combate que pode definir o top 3 da categoria e possivelmente uma luta por título, Rory McDonald e Stephen Thompson duelam para se firmarem como futuros desafiantes, McDonald está mais distante do título uma vez que já foi derrotado duas vezes pro Rob Lawler, atual campeão meio médio, e Stephen Thompson vem de boas vitórias e vem crescendo no evento.
McDonald luta em casa, tem intensidade e e completo, Thompson é um striker preciso e tem um arsenal de chutes poderosos, uma luta sem favoritos que promete muita ação!
Vamos aos palpites do card principal
Valerie Letourneau (8-4) vs. Joanne Calderwood (10-1) => Palpite: Letourneau vence.
Olivier Aubin-Mercier (7-2) vs. Thibault Gouti (11-1) => Palpite: Aubin-Mercier vence.
Steve Bosse (11-2) vs. Sean O’Connell (17-7) => Palpite: Bosse vence.
Donald Cerrone (29-7) vs. Patrick Cote (23-9) => Palpite: Cerrone vence.
Rory MacDonald (18-3) vs. Stephen Thompson (12-1) => Palpite: Rory MacDonald vence.
Nota; 5,5
Candidato forte para a decepção do ano na minha lista de fim de ano, o Volbeat lança o sucessor do ótimo Outlaw Gentlemen & Shade Ladies (2013) rodeado de expectativas e após grande sucesso nos mercados mundiais. Para quem não sabe, os dinamarqueses são vistos como um dos maiores nomes da safra mais recente do Heavy Metal e tem na figura do ótimo Vocalista/Guitarrista Michael Poulsen seu grande trunfo, escreve e co produz os discos.
Seal The Deal & Let's Boogie é calcado em um Heavy Metal direto com incursões Hard Rock e refrãos pegajosos, as composições possuem um traço interessante e criativo, com essas características estamos diante de um grande disco, correto? Errado, infelizmente, o Volbeat escorrega em soar extremamente sem ambição, apressado e com uma pretensão de ser um campeão de vendas não muito natural, o que atrapalha no resultado final.
O disco alterna momentos acertados e um amontonado de derivativos, The Devil's Bleeding Crown, a faixa de abertura é ótima, mas na sequencia com Marie Laveau e The Bliss a coisa desanda para um som fraco, de refrão marcado tentando soar pop, mas no fim o que temos são duas faixas pegajosas e sem sal. Por sua vez The Gates Of Babylon é uma grande faixa, principalmente com as guitarras de Poulsen e Rob Caggiano criando aos harmonias.
A preguiça dos caras em Let It Burn,emos um retrato fiel do novo disco, boas idéias que não foram bem trabalhadas, caindo na mesmice com um acento pop com riffs pesados, ao menos temos um grande solo de guitarra. aAmetade do disco chega e ainda não tivemos grandes motivos para comemorar, e nem teremos.
Black Rose com a participação de Danko Jones é uma faixa legal, e cabe bem no disco num ritmo para cima, graças ao bom dueto formado pelas vozes de Polsen/Jones, quando as coisas pareciam melhorar a trinca Rebound/ Mary Jane Kane / Good Bye Forever joga a qualidade do trabalho no chão, o Volbeat pode muito mais do que isso, arranjos péssimos, sonoridade sonsa e uma dose absurda sonífero.
Quando a banda parecia enterrada na mediocridade, Seal The Deal salva o dia com distorções espertas, um riff potente e uma ótima sessão de solos, baixão pulsante e bateria up tempo, esperta e direta ao ponto.
You Will Know surge com uma grande linha vocal, tanto nas vozes principais como em backing vocals, os bons riffs e solos criam uma atmosfera interessante,mostrando a capacidade do Volbeat em equilibrar músicas cativantes e bem feitas com uma dose de peso e ousadia. The Loa's Crossroads remete ao disco anterior e agrada com distorções no baixo misturadas ao refrão fácil e arranjos soturnos, temos uma grande canção com ótimos arranjos, aqui a banda justifica sua boa fama.
Em linhas gerais Seal The Deal & Let's Boogie não passa de um trabalho mediano e preguiçoso, quer conhecer o Volbeat? Comece pelos discos anteriores.
Seal The Deal & Let's Boogie
A Banda
Rob Caggiano (Guitarra e Baixo)
Jon Larsen (Bateria e Percussão)
Michael Poulsen (Vocal e Guitarra)
Nota: 8,5
Joe Bonamassa é um dos maiores nomes do Blues da atualidade, sempre colocando generosas doses de Rock clássico em seus discos, o americano consegue resultados excelentes, com uma carreira solo consistente Joe é uma referência, um dos melhores músicos de sua geração.
Blues Of Desperation acerta o alvo com sua pegada cheio de guitarras espertas, excelentes grooves, e vocais muito competentes executados pelo próprio Joe, a banda de apoio é afiada e dá todo o suporte para a estrela principal brilhar, a parceria de longa data com o produtor Kevin Shirley é outro acerto, timbres perfeitos e produção impecável.
Vale ressaltar que o trabalho é 100% autoral desta vez, o que traz bom fôlego durante todo o disco, This Train abre o petardo com um Blues Rock up tempo contagiante seguida da rifferama de Mountain Climbing que mostra toda a técnica de Bonamassa com a guitarra, a música lembra bastante alguns momentos do Deep Purple da última década e Drive é guiada por violões, guitarras e percussões hipnotizantes.
Sem abandonar suas raízes mas adicionando elementos atualizados, Bonamassa nos presenteia com grandes momentos como a ortodoxa e bluseira No Good Place For The Lonely, a melhor música do play, seguida das harmonias orientais e efeitos de Blues Of Desperation, que mais uma vez descamba num Hard Rock forte com um riff potente, a música poderia estar em um disco do Black Country Communion, graças ao seu estilo Zepelliano.
A boa produção salta aos ouvidos, tudo soa orgânico, potente e bem acabado, sem retalhos, como a ótima The Valley Runs Low e sua influência country bem sacada, e ótimos, a up tempo You Left Me Nothin' But The Blues levanta o astral com guitarras, violões, pianos quebrando tudo e Distant Lonesome Train trabalha bem os grooves e guitarras distorcidas, nesse momento Joe Bonamassa reafirma sua excelência e ecletismo.
Para fechar, How Deep This River Runs é o típico som do Bonamassa, uma épica balada bluseira com excelentes backing vocals no refrão e um solo de guitarra demolidor, a clássica Livin' Easy é um blusão acústico com saxofone comendo solto e fechando o disco What I've Known For a Very Long Time dá cores finais ao trabalho em um Blues clássico, com um pé na melancolia habitual e no andamento marcado, perfeito para o gênero.
Sem sombra de dúvida Blues Of Desperation figura entre os melhores discos da carreira solo de Joe Bonamassa e vai agradar em cheio quem gosta de Rock, Hard Rock e Blues. Uma aposta certeira.
Blues Of Desperation (2016)
A Banda
Joe Bonamassa (Vocal, Guitarra, Violão)
Anton Fig ( Bateria e Percussão)
Michael Rhodes (Baixo)
Reese Wynans (Piano e Teclado)
A proposta do TTR é revisar discos que os colaboradores do blogs tenham de preferência acompanhado o lançamento e anos depois praticam quase uma regressão para avaliar os mais diversos aspectos do então lançamento.
Revisitar discos que você acompanhou no passado é interessante pelo fato de quase sempre despertar impressões bem diferentes do que as anteriores, e nada melhor do que dois discos MUITO polêmicos de uma banda gigante para um post como esse, sim senhores o Metallica, minha banda predileta vai debutar no TTR.
LOAD e ReLOAD foram gravados na mesma sessão e por motivos de finalização e acabamento foram separados no lançamento, mas as idéias primárias foram todas gravadas entre Maio e Fevereiro de 1995,(foram quase 30 músicas na mesma época) por isso teremos parte 1 com Load e parte 2 com ReLoad.
A Banda
James Hetfield (Vocal e Guitarra)
Lars Ulrich (Bateria)
Kirk Hammet (Guitarra)
Jason Newsted (Baixo)
O Contexto
O estrago que o Black Album (Metallica -1991) causou foi impressionante, o disco foi um sucesso absurdo e transformou o Metallica na banda mais popular do Heavy Metal e sinalizou a primeira grande mudança sonora na carreira com a adição de Bob Rock como produtor. Uma turnê de divulgação enorme girou milhões de cópias vendidas e centenas de shows. Quatro anos depois, o Metallica reunia os cacos herdados de um giro global extenso e algumas idéias gravadas na estrada deram inicio ao vindouro sexto disco de estúdio.
Olhando no universo fora do mundo do Metallica o rock pesado vivia uma ressaca absurda, para se ter uma idéia de 1991 a 1995 período entre o lançamento e fim do ciclo do Black Álbum aconteceram inúmeras mudanças na cena musical, o Hard Rock californiano estava totalmente decadente, a explosão do Thrash Metal da Bay Area já era passado após o pico entre 89 e 92, o grunge já havia nascido, chacoalhado o mundo e morrido, a onda do Rock e Metal Industrial dava seus passos mais largos no mainstream.
Em meio a tantas mudanças na cena era natural que o a banda fosse influenciada a se manter segura dentro do seu universo de sucesso, mas o quarteto tinha outros planos, a saturação comercial, amadurecimento dos músicos e busca por novas sonoridades mergulharam a banda em um projeto ambicioso.
As impressões do passado
É impossível não fazer uma citação pessoal aqui, quando ouvi Load pela primeira vez (confesso que ouvi ReLoad antes) em 1997 não tinha muita noção do que era o mundo da música pesada, muito menos de como os músicos lidavam com suas influências e de como a crítica e o público iam avaliar tudo isso, afinal, eu sequer tinha idéia da repercussão de tudo isso.
Load chocou os fãs e causou um impacto enorme em toda música pesada, a divulgação foi ambiciosa, caminhões de sons passavam nas ruas dos EUA tocando o novo disco com promoção do Metclub (fan club do Metallica) por exemplo, muitos fãs antigos decretaram a morte da banda, mas em contrapartida eles angariaram muitos novos admiradores.
Musicalmente Load é um caldeirão de influências, Heavy Metal, Blues, Southern Rock, Rock Alternativo, Grunge envolto de um clima de ressaca absurda, as letras pessoais, o conceito de arte diferente, roupas diferentes,cabelos cortados (sim, as pessoas se importavam com isso) e muitas entrevistas polêmicas, transformaram o disco em um dos mais comentados e difamados da história.
Trata-se de um trabalho é extenso, mais de 70 minutos, e conta com alguma das mais interessantes músicas do Metallica, a paulada Ain't My Bitch é pesada e raivosa, Until Its Sleeps mergulha no grunge, King Nothing escancara a influência de Stoner, a alternativa Hero Of The Day (péssima por sinal) mostra timbres diferentes, Bleeding Me é um épico southern/metal estonteante, Mama Said é quase que uma balada solo de Hatfield imersa no country e The Outlawn Thorn fecha o petardo combinando Black Sabbath com Lynyrd Skynyrd.
Bem esses são os hits do disco, que por sua vez continha muitos fillers (músicas feitas para preencher o disco) mas que apesar de frequentemente esquecidas foram importantes para contextualizar a sonoridade praticada, 2x4, Cure e Wasting My Hate se destacam com a ênfase em grooves mais profundos e experimentações diversas em termos de timbres e arranjos.
O Metallica literalmente abandonou os rótulos de um passado impecável e mergulhou em uma jornada incerta, drogas, bebedeiras, decadência da vida na estrada e brigas de ego explodiram em meio a tantas coisas acontecendo com repercussão contestável. Definitivamente o custo de ser a maior banda do mundo era bem alto.
Como o álbum envelheceu?
Para quem, como eu, teve o contato mais aprofundado com o Metallica na fase LOAD/ReLOAD a musicalidade soa natural, afinal, foi assim que aprendi a gostar da banda, mas para quem os acompanhava desde os áureos anos 80 foi um baque, porém acredito que hoje muita gente mudou seu conceito sobre essa época.
Load foi massacrado por vinte anos por uma parte da comunidade do Heavy Metal, afinal a banda que capitaneou o Thrash Metal já demonstrava claramente que estava em outra praia e não dava a mínima para as opiniões alheias, afinal LOAD já batera 4 discos de platina no mercado americano e seus clipes pipocavam na MTV.
Ouvir o resultado de tantas mudanças tantos anos depois é uma experiência incrível, Hetfield mudou seu estilo de cantar, suas bases de guitarra continuavam pesadas, mas mais orientadas a riffs Hard Rock, Lars Ulrich já mergulhado no lado bussiness da banda simplificou (até demais) o jeito de tocar, mas sabe criar ritmos e climas como poucos, Kirk Hammet usou e abusou de distorções Wha Wha, pedaleiras sem abrir mão do ótimo senso melódico, e Jason Newsted comanda os grooves com seu baixo ecoando em toda a gravação.
Confesso que o número grande de músicas virou um inimigo de LOAD, que poderia ser mais enxuto, e fica claro que muitas canções saíram de Jams improvisadas, que na época eram vista com desdém, mas quando prestamos mais atenção notamos a intenção da banda em escancarar a mudança de paradigma ao experimentar em novos territórios.
O que mais me agrada nessa fase e que só percebi após tantos anos é que mesmo se esforçando para ser diferente, o Metallica preservou seu DNA de fazer as coisas de forma sombria e introspectiva, mudaram o cabelo, mudaram a afinação, adicionaram toneladas de novas influências mas a essência foi preservada.
LOAD (1996)
O UFC 199 foi um dos melhores e mais empolgantes eventos do ano, recheado de lutas boas e atletas querendo a vitória, ingredientes como grandes vitórias e surpresas deixaram a noite mais feliz (e meus palpites mais tristes...).
Com duas disputas de cinturão entre Dominick Cruz e Urijah Faber e Luke Rockhold e Michael Bisping já era esperado uma noite intensa, mas quem brilhou mais foi o veteraníssimo Dan Henderson, no alto de seus 45 anos nocauteou Hector Lombard em um combate brutal.
Pelo contexto, Hendo era a zebra, mas mostrou coração após levar um belo castigo no primeiro round, respirar e mandar Lombard para a lona com um chute alto e uma cotovelada na tentativa de queda do cubano, que após o chute ainda conseguiu grampear Hendo em uma perna, com a vitória podendo ser sua despedida, Henderson é sem dúvida um dos maiores atletas do mundo do MMA.
Dominick Cruz e Urijah Faber fizeram um grande combate, mas sem surpresas, Cruz mostrou-se totalmente recuperado das lesões que o assombravam no passado recente e dominou as ações, defendendo seu cinturão. Venceu na decisão unânime e manteve seu cinturão dos pesos galos.
"A noite das surpresas" não seria exagero se esse fosse o anúncio antes do evento começar, Luke Rockhold era tão favorito...mas tão favorito que perdeu, tomou um nocaute de Michael Bisping no primeiro round, deixando perplexo a maioria dos que acompanham a carreira de ambos e principalmente, de como Rockhold venceu Bisping com facilidade no combate na Austrália.
A combinação de arrogância e queixo fraco (sim, sempre disse que admiro Rockhold, mas ele não tem queixo) o derrubaram, além claro dos méritos do inglês que usou muito bem seus golpes e seu deslocamento, pegando o campeão com um golpe no corpo e outro no queixo, depois liquidou a fatura após o knockdown. Bisping é campeão após quase dez anos no evento. Rockhold vai para casa refletir suas atitudes e habilidades, mas é um grande lutador.
Provavelmente Ronaldo Jacaré enfrentará Michael Bisping pelo cinturão dos pesos médios.
Resultado dos palpites Resultado dos palpites UFC 199: 3 acertos (Dustin Poitier, Max Holloway e Dominick Cruz) 2 Erros ( Dan Henderson e Michael Bisping) Placar Geral: 24 Acertos, 23 Erros => 51% de acerto.
O UFC vai para a California e continua sua sina de lesões que atrapalham seus eventos, Luke Rockhold e Chris Weidman iam fazer a revanche pelo título dos médios, Weidman foi cortado devido a uma lesão, Ronaldo Jacaré também lesionado não pode entrar no lugar do ex-campeão, coube ao inglês Michael Bisping, que vem de vitória sobre Anderson Silva encararam o atual campeão que está confiante e no auge de sua forma física e técnica.
No Co main evento Dominck Cruz e Urijah Faber fazem a terceira luta entre eles, com uma vitória para cada um, Cruz vai defender seu título e tem em seu rival um adversário perigoso mas que tem seu jogo marcado pela excelente movimentação e velocidade do campeão.
Vamos aos palpites do card principal.
Dustin Poirier (19-4) vs. Bobby Green (23-6) => Palpite: Poirier vence.
Dan Henderson (31-14) vs. Hector Lombard (34-5-1, 2 NC) => Palpite: Lombard vence.
Max Holloway (15-3) vs. Ricardo Lamas (15-4) => Palpite: Holloway vence.
Dominick Cruz (c) (21-1) vs. Urijah Faber (33-8) => Palpite: Cruz vence.
Luke Rockhold (c) (15-2) vs. Michael Bisping (28-7)=> Palpite: Rockhold vence.
Pegando carona no Discos para Curtir #6, montei mais uma seleção com discos de nomes mais recentes do Blues, Rock e Metal com o intuito de mostrar que estamos em uma safra boa, com grandes nomes em meio a uma enxurrada de lançamentos, em uma cenário amplamente fragmentado com diversos estilos e propostas. Vivemos novos tempos, novos hábitos e evidentemente novas formas de expressão dentro da música.
Divirtam-se e tirem a poeira de vossos ouvidos.
Violator - Scenarios Of Brutality (2013)
Os brazucas praticam um Thrash Metal visceral influenciado pelo Hard Core com a cara dos anos 80 e 90, veloz, agressivo, o Violator pode ser considerada uma banda da nova safra, uma vez que teve seu debut em 2004 e tem 2 discos lançados e 2 Eps. A maturidade vem melhorando o som e as composições, Scenarios Of Brutality é um disco energético que bebe das fontes como Slayer, S.O.D e Anthrax diversão garantida. Destaques: Echoes Of Silence, Death Descends (Upon This World) e Unstopable Slaughter .
Striker - City Of Gold (2014)
Um bom nome do Canadá, o Striker pratica um Heavy Metal puxado para os clássicos com uma dose extra de peso e distorção , riffs bem marcantes, excelentes melodias e um vocalista competente, as influências de Hard Rock também adicionam um troque especial, cativante. Tudo executado de maneira profissional, um bom nome da nova safra. Destaques: City Of Gold, Bad Decisions e All I Want
RED SUN RISING - EP (2015)
O Quinteto de Ohio (EUA) pratica um som que vem sendo chamado de post Grunge, um rock alternativo, pesado com influência da turma de 90's de Seattle. O Red Sun Rising se assemelha ao Alice In Chains entretanto sua sonoridade conversa mais com a do Godsmack (também influenciada pela turma de Cantrell e Stanley). Vale dar uma orelhada. Destaques: Push, Te Otherside e Amnesia (Ep completo)
Kenny Wayne Shepherd - How I Go (2011)
Nem só de Joe Bonamassa vive o novo Blues, Kenny Wayne Shepherd é um guitarrista completo e super competente, toca muito e compõe muito bem, já tem uma carreira consolidada. Mesclando o som clássico com influências rockeiras, Kenny acerta a mão e tem um time de apoio de primeira, principalmente o excelente vocalista Noah Hunt. How I Go é um belo petardo para quem gosta de música bem feita. Destaques: Come On Over, Cold e The Heat Of The Sun
Nota: 8,5
O Woslom é um dos melhores nomes da nova geração do Thrash Metal que vem pipocando pelo mundo, com um talento e profissionalismo pouco visto em bandas que estão no inicio de sua jornada, o quarteto do ABC paulista é a grande prova de que as bandas brasileiras estão evoluindo e entregando trabalhos cada dia mais convincentes e profissionais.
A Near Life Experience explora muito bem a vertente mais técnica e rebuscada do Thrash Metal, influências de Forbidden e principalmente Testament norteiam toda a proposta musical dos caras, que utilizam muito bem dessa base para desenvolver um som com personalidade, podemos ouvir e dizer: "Bom isso soa como Woslom!" e isso é um grande diferencial atualmente.
A empolgação e paixão pelo estilo transborda pela audição, a trinca inicial com Underworld of Agression, a espetacular faixa título e a brutal Brokenbones já expõe o ouvinte a um bem vindo massacre sonoro, Silvano Aguilera pilota bem as duas funções que lhe são atribuídas, vocais furiosos e bases de guitarra marcantes, Rafael Iak é o principal compositor e guitarrista, e ele estava em chamas na gravação, riffs e solos inspiradíssimos, a cozinha formada pelo versátil baixista estreante André Mellado e pelo Fernando Oster ditam o ritmo da pancadaria.
Redemption, por sua vez, desemboca em uma veia mais melodiosa e notamos alguns traços do Megadeth no som da guitarra de Iak principalmente nos solos caprichados, um grande momento para quem quer ouvir os músicos explorando seus instrumentos com maestria, a esta altura notamos a evolução nítida da banda em termos de produção, composição e execução em relação ao ótimo Evolustruction (2013).
Os quarenta e quatro minutos do petardo passam rápido e quando nos damos conta as batidas quase que hipnóticas da bateria de Oster em Lords Of War nos prepara para o massacre dos riffs palhetados, vocais insanos e linha de baixo demolidora, um belo tapa na orelha em uma das melhores faixas do disco.
O terceiro e melhor disco do Woslom fecha com a old school Total Speed Trash e pelo cover do Bywar Thrasher's Return. A Near Life Experience mostrou que o Woslom é hoje uma das melhores bandas da cena e tem muito a crescer ainda, se mantiverem essa progressão conquistarão uma legião de fãs ao redor do mundo. Compre!
A Near Life Experience (2016)
A Banda
Silvano Aguilera (Vocal e Guitarra)
Rafael Iak (Guitarra)
André Mellado (Baixo)
Fernando Oster (Bateria)