16 de set. de 2015

Symphony X - Underworld





Nota: 8,00

O Symphony X chega a seu nono disco de estúdio desfrutando de um status importante, um dos maiores representantes do Prog Metal, e parafraseando o Homem Aranha "com grandes poderes vem grandes responsabilidades" a turma de Michael Romeo é sempre cobrada por excelentes resultados a cada lançamento, e a cobrança é compreensível uma vez que a banda que entregou pérolas como The Divine Wings Of Tragedy (1996) e Paradise Lost (2007) tem muito talento para ser explorado e jogado nesse mundão.

Underworld se escora  nos trabalhos do fim dos anos 90, ou seja, pesado, complexo porém extremamente melódico, direcionamento que contrasta com o ótimo Iconoclast (2011), no qual os riffs pesados, vocais mais agressivos e timbres obscuros davam o tom acertado para a temática do disco.

Após a bela intro Ouverture temos Nevermore, primeiro single que viaja no tempo, arranjos complexos, mas com excelentes melodias como no refrão, onde a voz brilhante e imponente de Russell Allen faz a diferença,  Underworld traz  as guitarras de Michael Romeo em primeiro plano (um gênio das guitarras) apoiado pelos arranjos certeiros dos teclados de Michael Pinella, um começo forte e intrigante.

Eu nunca imaginaria que a melhor faixa do disco seria uma faixa singela e bela como Without You, ótimos arranjos instrumentais e melodias vocais acima de qualquer suspeita, é bom saber que o Symphony X optou por diversificar suas composições.

Se Kiss Of Fire acerta em soar pesada perde um pouco ao na sair muito do lugar comum diferentemente de Charon, uma quebradeira progressiva de primeira, um ótima trabalho de LePond e Rullo, uma das cozinhas mais sinistras do Metal, ponto também para o belo solo de Romeo.

Quando To Hell And Back começa a tocar me vem em mente a importância de Michael Pinella, o tecladista/maestro que coloca cada nota com talento e bom gosto, os ventos dos primeiros trabalhos dos caras sopram forte por aqui, principalmente na progressão de acordes do refrão, mais um grande momento. In My Darkest Hour usa bem o talento de Russell Allen, que abrilhanta a composição com uma interpretação correta e ótima entonação.

Run With The Devil acelera as coisas, o setor instrumental abre a caixa de ferramentas com sua complexidade abissal para desembocar em um Hard Rock eficiente no refrão, boa mistura, fechando o disco temos a mediana Swan Song que exagera na auto referência, apesar das melodias agradáveis o Deja Vu incomoda,  Legend encerra com complexidade, o DNA do quinteto de New Jersey, em uma exibição instrumental ímpar, impossível não se impressionar.

De fato o Symphony X tem em suas fileiras músicos excepcionais, compositores talentosos que executam tudo com perfeição, superar seus clássicos é uma missão complicada mas nada impede que continuem honrando seu legado, Underworld, é um dos melhores discos do conjunto e com certeza deixou os exigentes fãs orgulhosos.



Nevermore



Without You



Underworld (2015)

Ouça no Spotify





A banda

Michael Romeo (Guitarras)
Russell Allen (Vocal)
Michael Pinella (Teclados)
Mike LePond (Baixo)
Jason Rullo (Bateria)

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