Nota: 7,00
O rock precisa se comunicar com as novas gerações e cativar as antigas, além de novos nomes para se manter vivo. Ouvindo bandas novatas como o The Pretty Reckless fico satisfeito em saber que o estilo tem futuro e vai continuar incomodando muita gente (ainda bem).
A banda foi formada em 2008 e Going To Hell é seu segundo álbum completo, a vocalista Taylor Momsen, que também é atriz e modelo, é o grande destaque, tanto por sua beleza e estilo rebelde, quanto por sua boa voz e excelente capacidade de interpretação, a banda que acompanha a loura é de primeira e faz jus ao destaque que vem recebendo nos últimos anos.
O The Pretty Reckless é um caldeirão interessante de influências, combinando Hard Rock, Heavy Metal, Rock alternativo e Folk podemos notar a forte influência de grandes nomes como Black Sabbath, Guns'n Roses, Skid Row, Soundgarden até toques de Garbage. A pergunta que paira no ar é a seguinte: essa mistura funciona? Eu respondo, sim, e muito bem.
A abertura com a sacana Follow Me Down é o primeiro acerto de Going To Hell, com um grande riff Sabbathico e um baixo poderoso chama a atenção do ouvinte, música barulhenta e forte. A faixa título, Going To Hell, acelera o ritmo num Heavy Metal pulsante, as guitarras de Momsen e Ben Phillips mostram sua força, o refrão gruda e cativa.
Caminhando para o rock de arena Heaven Knows com um pé no som de Joan Jett, House On a Hill é uma boa balada, com bons arranjos e bons vocais, o interlúdio Dear Sister baixa demais a rotação e tira um pouco e deixa a intensidade do álbum.
Absolution é um dos pontos altos do disco, liderada pelo groove marcante da cozinha formada pelo baixista Mark Damon e o batera Jamie Perkins flertando com o rock alternativo e pitadas de Blondie, Blame Me traz diversidade e mostra a versatilidade das composições interessante.
Burn é mais um interlúdio com voz e violão que serve para mostrar a boa capacidade vocal de Taylor Momsem, Why'd You Bring a Shotgun to The Party, vem mais pesada e intrincada, uma boa música, Fucked Up The World tem uma inegável influência de Garbage, tanto nas linhas vocais quanto no instrumental recheado de experimentos na percussão e um bom riff de guitarra.
A latente influência Folk de Wainting For a Friend com violão, voz e gaita fecha bem o track list regular, mantendo a proposta eclética e bem elaborada
Bons músicos, canções fortes, e uma boa produção garantem um resultado interessante e surte efeito em uma popularidade crescente. Não espere revolução no rock, muito menos algo genial, mas sim um registro muito sólido e convincente, o The Pretty Reckless tem um futuro promissor
Going To Hell
Going To Hell (2014)
- Follow Me Down
- Going To Hell
- Heaven Knows
- House On a Hill
- Sweet Things
- Dear Sister
- Absolution
- Blame Me
- Burn
- Wy'd You Bring a Shotgun To The Party
- Fucked Up The World
- Waiting For A Friend
- Only You (Bonus Track)
A Banda
Taylor Momsen (Vocal, Guitarra e Gaita)
Ben Phillips (Guitarra e Backing Vocal)
Mark Damon (Baixo)
Jamie Perkins (Bateria e Percurssão)