2 de dez. de 2016
Avenged Sevenfold - The Stage
Nota: 7,5
A minha relação com o som feito pelo Avenged Sevenfold pode ser resumida em uma frase: "Eu nutro um pouco mais de respeito do que admiração pelo trabalho do quinteto californiano." Sem dúvida estamos diante da maior banda surgida na música pesada desde o Slipknot, maior, no sentido de repercussão, atingem altas vendagens, exploram muito bem sua marca e possuem turnês altamente concorridas, queiram ou não estamos diante de uma banda importante.
Mais de uma década depois muitas coisas mudaram no fronte, inclusive a perda de um dos principais membros, o baterista The Rev (uma espécie de Cliff Burton, para a garotada dos dias de hoje) um músico competente, importante na estrutura sonora e um líder silencioso, desde então a maturidade veio com as mudanças, e é impossível não perceber que a banda de fato evoluiu.
Em The Stage notamos um salto qualitativo grande, evolução essa que vem ocorrendo há alguns anos, principalmente pelo fato de abandonarem boa parte dos clichês do Metalcore e gradativamente melhorarem suas músicas uma vez que sempre foram excelentes músicos Entretanto a questão dos vocais de M Shadows continua evidente, é a cara da banda, mas tem horas que lhe falta consistência, longe de ser ruim.
A dobradinha The Stage e Paradigm evidenciam o que o disco tem de melhor, ou seja, músicos competentes, grandes arranjos, fim da gritaria non sense, tendo nas guitarras um trunfo, sem dúvidas um ótimo começo, destaque para as guitarras afiadíssimas de Zack Vengeance e Synyster Gates
Quando Sunny Disposition das as caras,nos remete a numa espécie de revival de Bat Country e sua pegada para cima, eclética, com um par de metais, na qual o baterista Brooks Wackerman aparece mandando muito bem. Gostem ou não, eles sabem levantar a poeira quando pisam no acelerador.
A supracitada evolução em termos de composições é nítida e demonstra que música representa muito o momento de quem está compondo, God Damn sintetiza bem isso, uma das melhores e mais maduras músicas do disco, com M Shadows mandando muito bem, e um belo trabalho da cozinha da banda, ao contrário de Creating God que padece de força com um refrão chatinho.
Angels, é uma ótima balada munida de um grande arranjo (como toca Synyster Gates!), ainda temos bons momentos com a pesada e progressiva Simulation cheia de nuances e variações, porém o novo trabalho perde um pouco a intensidade na trinca Higher, Roman Sky e Fermi Paradox, ai faltou um produtor para trabalhar melhor boas músicas que poderiam ser espetaculares.
Para fechar a longa Exist explora a veia progressiva e a qualidade do quinteto ao longo de seus quinze minutos, tendo uma longa passagem instrumental atmosférica, é o Avenged Sevenfold ousando e saindo de sua zona de conforto.
The Stage é de fato um bom disco e vai garantir um bom momento de diversão, mesmo não sendo brilhante.
The Stage (2016)
A Banda
M Shadows (Vocal)
Synyster Gates (Guitarra Rítimica e Solo)
Zack Vengeance (Guitarra Rítimica)
Johnny Chirst (Baixo)
Brooks Wackerman (Bateria)
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