27 de ago. de 2016

Palpites UFC ON FOX 21 - Maia x Condit




Vancouver recebe mais uma edição do UFC, desta vez colocando frente a frente dois postulantes ao title shot na categoria dos meio médios do evento, Demian Maia e Carlos Condit, estilos distintos e muita experiência via marcar o duelo.

Demian é um mago do Jiu Jitsu e sabe usar as quedas e transições de solo como poucos, além de finalizações, raspagens e inversões, Condit é um striker talentoso que sabe finalizar seus oponentes com potentes socos, chutes e joelhadas. Difícil prever algum resultado, mas uma coisa é certa, quem impor o direcionamento da luta, vencerá, Maia dificilmente aplicará um nocaute em Condit, e Condit dificilmente finalizará Maia.

No co main event Charles Oliveira encara o ex-campeão dos pesos leves Anthony Pettis, a luta promete, Pettis vem em má fase, baixou de categoria e tenta reencontrar seu melhor momento, versátil, técnico e leve, assim como Charles. Outro excelente e imprevisível combate.

Vamos aos palpites do card principal


Jim Miller (26-8) vs. Joe Lauzon (26-11) Palpite => Joe Lauzon vence.

Paige VanZant (6-2) vs. Bec Rawlings (7-4) Palpite => Paige VanZant vence.

Anthony Pettis (18-5) vs. Charles Oliveira (21-5, 1NC) Palpite => Charles Oliveira vence.

Demian Maia (23-6) vs. Carlos Condit (30-9) Palpite => Demian Maia vence.


22 de ago. de 2016

UFC 202 - Equilibrio entre McGregor e Diaz


O UFC 202 promoveu uma grande noite aos amantes do MMA, ainda em clima de jogos olímpicos, o mundo parou para dar atenção para um combate intenso, Nate Diaz e Conor McGregor protagonizaram um excelente combate, um pouco mais tático que o primeiro encontro, mas longe de decepcionar quem esperava pela revanche.

O combate durou cinco rounds e foi claramente dividido em dois momentos distintos, McGregor dominou bem os dois primeiros rounds, usando chutes baixos e mãos rápidas por cima dos ataques de Diaz, que possui uma envergadura maior, resultado, o Irlandês colocou dias para sentar duas vezes e garantiu um duplo 10 x9.

Porém quem acompanha MMA sabe que Nate Diaz não iria se render, logo no inicio do terceiro round as coisas mudaram e o californiano thug life imprimiu um forte ritmo e começou a desmontar o plano de luta de McGregor, investiu no jogo de grade, e golpeou o atual campeão dos penas com vigor, McGregor foi salvo pelo gongo, após um quarto round equilibrado, mas com vantagem para o americano (ao meu ver), os rivais entraram para o último assalto com a missão de terminar a fatura.

O último round já evidenciava dois lutadores cansados, Diaz com o rosto sangrando e McGregor visivelmente abalado, com o ritmo menos intenso, Diaz reverteu a desvantagem nos dois primeiros minutos e dominou as ações, colocando McGregor no chão faltando minutos para o fim do combate.




McGregor foi declarado vencedor por decisão majoritária, ou seja, um dos três árbitros marcou empate. Ao meu ver Nate Diaz merecia sair vencedor, mas a decisão não foi absurda.

No co main event, bem Anthony Johnson ficou 30 segundos no ringue e nocauteou Glover Teixeira com um upper demolidor, Glover deveria ter travado a luta e levado adiante ao invés da troca franca de golpes.

Resultado dos palpites Resultado dos palpite UFC 202 3 Acertos (Tim Means, Donald Cerrone e Anthony Johnson. 2 Erros ( Mike Perry e Conor McGregor) Placar Geral: 42 Acertos, 33 Erros => 56% de acerto.

20 de ago. de 2016

Palpites UFC 202 - Diaz x McGregor II


Em uma grande jogada midiática o UFC promoveu a revanche eletrizante, Conor McGregor, campeão dos penas sobe de peso para encarar Nate Diaz, seu último algoz, a luta promete ser tão feroz quanto a primeira, e todo o clima e promoção tornam as coisas mais interessantes, é um combate que McGregor leva vantagem em pé, e Diaz com sua maior envergadura e chão mais apurado se sobressai na luta agarrada.

No co main event, Anthony Johnson e Glover Teixeira disputam uma luta para ganhar uma chance de lutar pelo cinturão dos meio pesados em poder de Daniel Cormier, luta difícil para ambos e com grandes chances de ser decidida de maneira rápida, logo no primeiro round.
Vamos aos palpites do card principal
Tim Means (25-7-1) vs. Sabah Homasi (11-5) Palpite => Tim Means vence.
Hyun Gyu Lim (13-5-1) vs. Mike Perry (6-0) Palpite => Hyun Gyu Lim vence.

Rick Story (19-8) vs. Donald Cerrone (30-7, 1 NC) Palpite => Donald Cerrone vence.

Anthony Johnson (21-5) vs. Glover Teixeira (25-4) Palpite => Anthony Johnson vence.

Nate Diaz (20-10) vs. Conor McGregor (19-3) Palpite => Nate Diaz vence.




12 de ago. de 2016

Denner/Sherman - Masters Of Evil




Nota: 7,5

O talento aliado ao bom gosto e uma  dose de simplicidade são suficientes para se fazer um bom disco de Heavy Metal Tradicional, entretanto quando colocamos dois dos maiores guitarristas do estilo como protagonistas, as coisas ficam ainda mais interessante, Hank Sherman e Michael Denner fizeram fama e construíram um grande legado no Mercyful Fate, e agora estão juntos novamente em um novo projeto dão continuidade a essa ótima trajetória.

Batizado de Denner/Sherman o projeto conta ainda com o vocalista Sean Peck (Ex-Cage) o Multi instrumentista Snowy Shawn na bateria e com o baixista Marc Grabowski, Masters Of Evil é o primeiro full leght da banda e apresenta uma sonoridade que se aproxima aos clássicos Melissa (1983) e Don't Break The Oath (1984) do Mercyful Fate, ou seja, Metal Tradicional com toques ocultistas nas letras e vocais que alternam momentos entre tons médios e fortes agudos.

Os riffs marcantes, duetos inspirados e solos alucinantes ditam todo o trabalho, como na abertura com a potente Angel's Blood, um alento para os fãs do finado Mercyful Fate, som tradicional recheado de melodias empolgantes, Son Of Satan começa com um coro macabro e uma levada mid tempo com andamentos quebrados até desembocar no som tradicional com bons vocais de Sean Peck que lembra um pouco Tim Ripper Owens.

A produção deixa a desejar, um pouco embolada tirando definição de alguns timbres, principalmente da caixa de bateria, mas isso não ofusca o brilho da ótima The Wolf Feeds At Night, e seu inicio alucinante, méritos para Denner e Sherman que pilotam as seis cordas com muita desenvoltura, e Peck que muda bastante seu estilo vocal, hora se aproximando de Ozzy Osbourne, em The Pentagrama And The Cross, somos transportados para os tempos áureos do Mercyful Fate, riffs hipnotizastes e um grande refrão.

O solo inicial de Michael Denner embalam a faixa título Masters Of Evil que pega carona na bateria up tempo de Snowy Shawn, a música é pesada e intensa, Servants Of Dagon se escora no Black Sabbath dos anos setenta com alguns toques da NWOBHM, já Escape from Hell é um tema Metal up tempo na qual Sean Peck usa bastante sua sustentação vocal e crava uma grande performance.

The Baroness encerra o debut em grande estilo, densa, pesada, macabra e épica, a dupla Denner/Sherman brilha riffs, solos e arranjos acústicos espetaculares, bom gosto e inspiração.

Masters Of Evil é um trabalho muito agradável, Metal Tradicional muito bem feito, com grife e assinatura de duas lendas do gênero, o único senão fica para a produção que merecia maior capricho.


Masters Of Evil (2016)



A Banda

Sean Peck (Vocal)
Michael Denner (Guitarra)
Hank Sherman (Guitarra)
Marc Grabowsk (Baixo)
Snowy Shawn (Bateria)


5 de ago. de 2016

Hangar - Stronger Than Never




Nota: 8,00

O Hangar é um sobrevivente da cena Heavy Metal brasileira,  atravessando dificuldades imensas em um país que a cultura de massa é bem diferente do estilo da banda, é louvável que os esforços dos caras se concretizem em grandes discos, e felizmente, Strong Than Never simboliza mais capitulo vitorioso dentro dessa longa jornada.

O quarto disco de inéditas foi precedido por uma coletânea com quatro músicas novas que apresentavam o vocalista Pedro Campos e o retorno do guitarrista Cristiano Wortmann, em meio a pré produção o guitarrista Eduardo Martinez deixa a banda, e como um quinteto, contando com Nando Mello no Baixo, Fabio Laguna nos teclados e Aquiles Priester na bateria, Strong Than Never marca uma nova fase.

O novo petardo mantém  identidade construída desde o excelente The Reason Of Your Conviction, se estruturando em um Power/Prog recheado de influências pesadas e com momentos de suavidade e certa delicadeza.  Esses contrastes se evidenciam e reforçam a sonoridade do Hangar, sempre deixando claro que apesar do grande destaque e protagonismo de Aquiles não se ofusca a sensação de trabalho de grupo.

Quando Reality Is A Prison começa a tocar já notamos a maturidade da nova fase, com um prog power calcado em riffs pesados de Wortmann e nos vocais excelentes de Pedro Campos, seguindo a linha da abertura The Revenant é embalada pelos ótimos trabalhos de Aquiles e Laguna, a dupla de bateria e teclado se alternam como triggers sonoros, ótima sacada.

Viajando de volta a 2007, Forest Of Forgotten poderia estar em TROYC, peso, angustia, vocais dramáticos e andamentos sincopados, a dupla formada pela progressiva A Letter From 1997 (MHJ) e a balada Just Like Heaven suavizam o peso e descontraem com belos arranjos calcados em grandes melodias, ecletismo e bom gosto falam alto.

The Silence Of Innocent é ditada pelo groove poderoso do baixo de Nando Mello que desemboca em um tema progressivo e razoavelmente exibido graças a grande perfomance dos músicos,  mais uma vez a dupla Aquiles/Fabio Laguna se destacam na intro de Beauty In Disrepair, as linhas vocais e melodias remetem a Infalible porém com mais vigor advindo das guitarras de Wortmann que adicionou mais potência a banda em todo o disco.

Para fechar, We Keep Running The Curse é o ponto baixo do trabalho, com melodias excessivamente repetitivas, sem adicionar nada ao trabalho, a escorregada é compensada com a potência de Hangar Of Hannibal, que descarrega peso e tem Aquiles Priester empolgado com uma levada de bateria brutal, Pedro Campos não deixa pedra sobre pedra explorando sua potente voz e seus drives perfeitos.

O saldo final de Strong Than Never é muito positivo, o Hangar alcançou um patamar digno de aplausos e conseguiu ser muito autêntico mesmo dentro de um estilo que atravessa uma seca criativa. Essa á a prova de que o talento e a experiência dos músicos envolvidos 
faz a diferença. 

Reality Is A Prison 




Strong Than Never (2016)


  1. Reality Is A Prison
  2. The Revenant
  3. Forest Of Forgotten 
  4. A Letter From 1997 (MHJ)
  5. Just Like Heaven
  6. The Silence Of Innocent
  7. Beauty In Despair
  8. We Keep Running The Curse
  9. The Hangar Of Hannibal
  10. Just Like Heaven (Acoustic)
A Banda

Aquiles Priester (Bateria)
Cristiano Wortmann (Guitarra)
Pedro Campos (Vocal)
Nando Mello (Baixo)
Fabio Laguna (Teclados)