25 de jun. de 2013

Black Sabbath - 13




Nota: 8,5

O Black Sabbath é um ícone da cultura pop do século XX, percursor do Heavy Metal e uma das bandas mais adoradas e controversas da história do Rock, Tony Iommi, Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Bill Ward mudaram o mundo da música e ganharam uma legião de fãs desde 1969.

Anos se passaram e muitas coisas aconteceram, reuniões, turnês, brigas, especulações até que 13 saiu finalmente dos planos e virou realidade, Bill Ward não comanda as baquetas (uma pena), mas Iommi, Ozzy e Butler levaram o projeto adiante junto com Rick Rubin como produtor e Brad Wilk (Rage Against The Machine e ex-Audioslave) na bateria. Eles conseguiram resultados surpreendentes, mesmo na faixa dos 60 anos ainda possuem muita lenha para queimar.

13 tem como ponto de partida o som da primeira década de existência da banda, Hard Rock/Heavy metal com incursões jazzisticas mescaldos com os vocais insanos de Ozzy. Falar dos riffs de Iommi é lugar comum, gênio com uma criatividade que extrapola explicações, assim como as linhas de baixo dinâmicas e criativas de Geezer Butler, a bateria de Brad Wilk é correta, não tão furiosa quanto Bill Ward em seu auge, mas se adequa bem ao estilo e cumpre bem seu papel.

O que mais fascina e intriga o ouvente é  que  toda a atmosfera criada no novo album remete diretamente ao que o Sabbath fez em seus três primeiros álbuns, Black Sabbath (69), Paranoid (70) e Masters of Reality (71).  Inspiração ou direcionamento programado? Difícil saber, ainda mais conhecendo a reputação de Rubin, que assume a produção de grandes bandas e sempre tenta recriar velhos clássicos nos novos álbuns.  Serei franco, não me importo, Sabbath soando clássico é algo que fazia falta, e esse fechamento de ciclo mostra o poder do núcleo clássico da banda.

O inicio lento e carregado de End of The Begining já demonstra tudo o que foi dito acima, é Sabbath clássico, sem mais nem menos,  God Is Dead? foi o primeiro single e causou boa impressão, começa lenta com um bom refrão, e tem seu ápice com as guitarras de Iommi e o baixo de Geezer Butler acelerando no final como fizeram em Electric Funeral há 40 anos atrás.  

As duas primeiras músicas são viagens de mais de 8 minutos, Loner, chega impondo respeito, Tony Iommi desenterra NIB  com um ótimo riff e Ozzy entra com seu vocal propositadamente desleixado, transbordando feeling como sempre fez a frente do Sabbath, Butler e Wilk trabalham como um time, carregando a banda num groove hipinotizante. A melhor faixa de 13!

O álbum é um épico soturno, as vezes megalomaníaco, mas tem espaço para pequenas jóias como Zeitgeist, algo como o encontro de Planet Caravan com Changes, com destaques para Ozzy que mostra habilidade e sensibilidade e Iommi com um grande solo dedilhado.

Age Of Reason  retoma o lado sombrio, mais uma composição longa, com uma boa intro de bateria de Brad Wilk, aliado  ao peso que Geezer Butler impõe com seu baixo é um ponto alto, aqui ouvimos Ozzy e Iommi reeditando seus grandes momentos como fizeram no passado, grande solo de guitarra, digno de um mestre do instrumento. 

Live Forever retoma a linha mais direta, com direito cavalgada no instrumental com uma parada no refrão (que gruda rápido na cabeça) abrindo espaço para Ozzy mostrar suas credenciais, o blues macabro de Damaged Soul remete ao período de Sabbath Bloody Sabbath nos vocais e nas improvisações instrumentais. 

Ninguém pode reclamar que o tempo suavizou os bons velhinhos, Dear Father tem uma densidade e um peso típico das bandas Stoner/Doom  atuais, vale destacar o bom trabalho de Brad Wilk que detona as peles da bateria nesse som, fechando o track list regular com os sinos e trovões que iniciam Black Sabbath em 1969.  Ainda podemos destacar as 3 faixas bonus que em nada devem ao restante do material contidos em 13.

Podem falar que o Black Sabbath foi pouco espontâneo, ou ainda tentou recriar uma atmosfera perdida há anos, entretanto, fica claro a inspiração e o entrosamento que Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler possuem quando trabalham juntos e sinceramente espero que 13 não seja o último disco dos caras, mas isso só o tempo pode dizer.

God is Dead?


End of The Begining



13 (2013) 
  1. End Of The Begining
  2. God is Dead?
  3. Loner
  4. Zeitgeist
  5. Age Of Reason
  6. Live Forever
  7. Damaged Soul
  8. Dear Father
Bonus Track

Methademic
Peace Of Mind
Pariah

Todas as músicas compostas por Butler/Iommi/Osbourne

Produzido por Rick Rubin

A Banda

Ozzy Osbourne (Vocais)
Tony Iommi (Guitarra)
Geezer Butler (Baixo)
Brad Wilk (Bateria - Convidado)

19 de jun. de 2013

Alice In Chains - The Devil Put Dinosaurs Here





Nota: 7,5

Sobreviventes... essa é a palavra que me vem a cabeça quando vejo algum material novo do Alice In Chains sendo lançado, explosão de popularidade, super exposição, perdas e recomeços, essa banda de Seattle passou por tudo em seus mais de 20 anos de existência, e mesmo sem o carismático vocalista Layne Stanley (faleceu em 2002) eles continuam sua jornada, lançaram o excelente Black Gives Way To Blue em 2009 e seguiram em uma extensa turnê até voltarem ao estúdio e soltarem mais um registro de peso, The Devil Put Dinosaurs Here.

Para começar, o álbum não é fácil de assimilar sendo bem denso,  tanto que nas primeiras audições não me chamou tanto a atenção, mas a riqueza de detalhes desperta curiosidade, algo que faz você ouvir  o álbum várias e várias vezes até captar toda a energia e intensidade contidos nas composições.

As harmonias vocais de Jerry Cantrell e William DuVall que dividem as vozes e as guitarras é um   ponto controverso do disco, muitos querem mais espaço ao novo vocalista o que de fato traria maior diversidade e riqueza às músicas. E realmente ouvir, a boa, voz de Cantrell a frente em muitas músicas faz com que o Alice In Chains se aproxime demais do trabalho solo do guitarrista/vocalista/líder da banda lançou na década passada.

Entretanto, mesmo tendo algumas ressalvas no aproveitamento de DuVall como vocalista, fica evidente a qualidade do que foi lançado, o Alice In Chains acertou nas composições e claro na execução, não se trata de arranjos mirabolantes e virtuosos, porém a qualidade harmônica traz um toque original que nos primeiros acordes permitem identificar a assinatura da banda, as guitarras de Cantrell e DuVall estão ótimas, Sean Kinney é um baterista econômico e eficiente, e o baixo de Mike Inez está em toda a mixagem, ecoando forte e aumentando a sensação de densidade sonora que citei anteriormente.

Quando ouvimos o riff de abertura de Hollow nos deparamos com um ótimo cartão de visitas, é Alice In Chains puro e simples, tanto que foi a primeira música divulgada pela banda, Stone, segue a linha do aclamado Dirt, com o baixo e a guitarra tocando o mesmo riff, juntamente com a bateria cadenciada e vocais excelentes, com um grande refrão.

A faixa título lembra bastante o álbum Alice In Chains de 1995, vale destacar os vocais de Cantrell e DuVall que combinados criam uma atmosfera quase surreal e macabra e para variar mais um grande solo de Jerry Cantrell.

Violões, guitarras, bateria e voz, uma combinação que nos faz viajar ao clássico Ep Jar of Flies,  Voices é um dos momentos mais cativantes de TDPDH, e tem tudo para tornar-se uma das favoritas dos fãs, Phantom Limb (conta com um solo de DuVall) musicalmente é o oposto, pesada, cheia de guitarras e vocais perturbados é outra forte candidata a ser um clássico do quarteto de Seattle.

Choke fecha o álbum de maneira melancólica, lembrando Your Decision de Black Gives Way To Blue, outro momento de destaque, graças a banda afiada e experiente que conduz a música com maestria. Marcante e emocionante como muitos clássicos dos caras.

The Devil Put Dinosaurs Here demonstra maturidade e força, sinalizando a consolidação da nova era  do Alice In Chains, que venham mais álbuns e claro mais espaço para William DuVall nos vocais.


Hollow

Stone



The Devil Put Dinosaurs Here (2013)


01. Hollow (Cantrell)
02. Pretty Done  (Cantrell)
03. Stone (Cantrell)
04. Voices (Cantrell)
05. The Devil Put Dinosaurs Here (Cantrell, Kinney, Inez)
06. Lab Monkey (Cantrell)
07. Low Ceiling  (Cantrell, Kinney, Inez)
08. Breath On a Window (Cantrell)
09. Scalpel   (Cantrell, Kinney, Inez)
10. Phantom Limb ( Cantrell, Kinney, Inez, DuVall)
11. Hung On a Hook (Cantrell)
12. Choke (Cantrell, Kinney, Inez)


A Banda 

Jerry Cantrell ( Guitarras e Vocal)
William DuVall ( Guitarras e Vocal)
Sean Kinney (Bateria)
Mike Inez (Baixo) 

18 de jun. de 2013

UFC 161 - Evans respira aliviado!



O UFC 161 foi ao Canadá com grandes desfalques no card, após perder Renan Barão, Mauricio Shogun e Rogério Minotouro sobrou para Rashad Evans e Dan Henderson fecharem o evento num duelo de dois top 10 da categoria dos meio pesados.


Rashad Evans enfrentava uma situação inédita na carreira, duas derrotas seguidas, uma para Jon Jones na disputa do cinturão e outra para Rogério Minotouro. Dan Henderson foi derrotado por Lyoto Machida e buscava se recuperar e retomar a disputa do cinturão, que foi perdida após lesão semanas antes da luta contra Jones.

A luta foi de 3 rounds, e apesar de muito estudada teve momentos bem emocionantes como o jab de Dan Henderson que abalou Evans e quase definiu o combate no primeiro round, sentindo a pressão imposta pelo veterano ex-campeão do Pride, Evans teve que mostrar serviço e atacar mais. 10x9 Henderson

Henderson apostava na sua mão direita, Evans usando a velocidade buscava o clinch encurtando e disparando seqüências que bem assimiladas eram respondidas com cotiveladas curtas, que chegou a abrir um pequeno corte em Evans, que insistia em tentar colocar Henderson no chão, dominando o segundo round. 10x9 Evans

Com uma luta parelha, o terceiro round foi mais aberto e Henderson sentiu a pressão imposta por Evans que mais uma vez encurtava para derrubar, e na falha, imprimia seqüências de golpes até que Henderson acusou mas se mantave de pé buscando uma falha para contra golpear. Entretanto foi anulado pelo clinch de Evans. 10x9 Evans.

Rashad Evans levou na decisão dividida dos juízes.

Evans usou bem sua velocidade

Henderson e Rashad travaram uma luta dura.




Nas demais lutas tivemos a derrota de Roy Nelson para Stipe Miocic no co-main event, uma luta que tirou Roy Nelson da fila do title shot, essa foi a última luta do gordinho no contrato atual com o UFC, ele que vinha de 3 vitórias seguidas, todas por nocaute.


Resultado dos palpites: 2 Erros (Shawn Jordan, Stipe Miocic)  3 Acertos (Ryan Jimmo, Alexis Davis e Rashad Evans)
Placar Geral: 44 Acertos e 27 Erros =  62% de Acerto

14 de jun. de 2013

Palpites UFC 161 - Evans x Henderson



O UFC está a todo o vapor, depois da última edição no Brasil, o evento vai até o Canadá, na cidade de Winnipeg, desta vez Rashad Evans enfrenta Dan Henderson, dois lutadores que buscam a reabilitação, perderam para Rogério Minotouro e Lyoto Machida respectivamente.

A categoria dos meio pesados tem um dono, Jon Jones, Henderson e Evans buscam a vitória para tentar uma disputa do cinturão,  tende  a ser um grande combate. O evento sofreu muitas baixas, como a luta entre Minotouro e Shogun que foi cancelada devido a lesão do primeiro, Roy Nelson e Stipe Miocic entraram para fazer o co main event.

Lutas equilibradas marcam o card principal, mais um desafio para ver quantos palpites vou acertar! (Excepcionalmente teremos os palpites mais sucintos desta vez!)


Ryan Jimmo (17-2-0)  x Igor Pokrajac (25-9-0) 

Palpite : Ryan Jimmo vence

Pat Barry (8-5-0) x Shawn Jordan (14-4-0)

Palpite: Pat Barry Vence

Alexis Davis (13-5-0) x. Rosi Sexton (13-2-0)

Não conheço as lutadoras. Palpite: Alexis Davis vence 

Stipe Miocic (9-1-0) x Roy Nelson (19-7-0)

Palpite: Roy Nelson vence por nocaute

Rashad Evans (17-3-1) x Dan Henderson (29-9-0)

Palpite: Rashad Evans  vence


10 de jun. de 2013

UFC ON FUEL TV 10 - Werdum finaliza mais uma lenda!

O UFC realizou mais um grande evento no Brasil, o animado público de Fortaleza viu uma noite recheada de finalizações, com bons combates e a consagração de Fabricio Werdum, que finalizou mais uma lenda, após fazer Fedor Emilianenko se render ao Jiu Jitsu, Minotauro foi mais uma vítima do jogo justo de chão do gaúcho.

No card principal, Rony Jason, Daniel Sarafian, Erick Silva, Leo Santos (vencedor do TUF BRASIL 2) e Fabricio Werdum mostraram qualidade e eficiência na luta de solo, parecia até um seminário da arte suave, Jason usou o triângulo, Sarafian e Leo Santos a Katagatame, Erick uma chave de braço que pega o ombro (chamada de curtinha) e Werdum um arm lock invertido partindo das costas. 

No combate dos meio pesados, Thiago Silva implodiu Rafael Feijão, após levar desvantagem na primeira metade do primeiro round, administrou a pressão e virou a luta com uma seqüência de golpes devastadora, nocauteando com estilo!

Triângulo justo de Rony Jason


Erick Silva pegando na curtinha

Thiago Silva implacável



Leo Santos faturou o TUF e calou Patolino.




Na luta principal, Minotauro, uma lenda do MMA contava com todo o apoio e carinho da torcida, inclusive da Rede Globo e seu Canal Combate que claramente mostrava apoio ao ex-campeão do Pride e UFC, entretanto Werdum era favorito, fisicamente menos castigado mostrou que poderia vencer. No primeiro round, Minotauro investia com o Boxe e Werdum trabalhava chutes baixos para minar a base do lutador baiano, até que entrou no single leg e levou a luta para baixo, dominando o ex-campeão, chegando a passar a guarda e aplicar boa pressão e giro na luta de chão. Werdum 10x9.

No round seguinte, com uma troca mais franca de golpes Minotauro partiu para cima, mas foi contra golpeado com eficiência, e mais uma vez Werdum tentou o single leg, Minotauro buscou a guilhotina puxando para o chão, teve sua guarda passada e o Jiu Jitsu mais justo do lutador gaúcho fez a diferença, pegando as costas e finalizando na transição para um arm lock invertido.

Fabricio Werdum engordou seu cartel de finalizações, e deu um passo importante rumo a disputa de cinturão dos pesos pesados.

Werdum saindo no braço de Minotauro


Faltou pouco para cravar mais um card com 100% de acerto mais uma vez!

Resultado dos palpites: 1 Erro (Thiago Silva)  5 Acertos (Jason, Erick SIlva, Daniel Sarafian, Leo Santos e Werdum)
Placar Geral: 41 Acertos e 25 Erros =  62% de Acerto


7 de jun. de 2013

Palpites UFC ON FUEL TV 10 - Nogueira x Werdum



O Brasil é um dos maiores mercados do MMA Mundial, e o UFC já vem explorando oportunidades por aqui fazendo grandes eventos e duas edições de seu Reality Show The Ultimate Fighter. Neste sábado os dois treinadores da segunda edição do TUF Brasil vão se enfrentar buscando melhores posições no ranking dos pesos pesados da organização.

Falando um pouco do Reality Show, tivemos uma edição com lutadores medianos, algumas promessas como Patolino e Santiago, além de bons nomes como Leo Santos e Viscarde Andrade que possuem um bom potencial, entretanto, dificilmente esses nomes farão frente a elite da categoria dos meio médios no curto prazo.

A Audiência do TUF Brasil 2 foi fraca, e mostra que esse é um programa para quem gosta do esporte e não para todo o tipo de público, e ainda é evidente a diferença de qualidade das produções do TUF americano em relação aos que são produzidos por aqui, veremos o qual vai ser o futuro do programa por aqui.


Como o leitor do Its Electric está acostumado, vamos  aos palpites do card principal do evento que acontece em Fortaleza mais uma cidade desbravada pelo UFC, para a alegria do animado público do Nordeste!


Rony Jason (12-3) vs. Mike Wilkinson (8-0) => Ronny Jason vence.


Daniel Sarafian (7-3) vs. Eddie Mendez (7-0-1)

Sarafian pode buscar sua redenção contra um oponente meidano. Palpite:  Sarafian Vence,

Erick Silva (14-3) vs. Jason High (16-3)

Um bom combate, Jason High é um lutador forte e explosivo, assim como Erick Silva, que é mais completo e pode vencer contando com o fator de lutar em casa, mas a luta não é fácil. Palpite: Erick Silva vence por nocaute.

Thiago Silva (14-3) vs. Rafael “Feijao” Cavalcante (11-3)

O clima esquentou e os dois meio pesados prometem uma luta empolgante, dois lutadores fortes, com boa base de Jiu Jitsu e ambos tem mãos pesadas. Luta muito parelha, mas Feijão é ligeiramente favorito se conseguir repetir as boas lutas que fez no Strikeforce. 50% para cada lado! Palpite: Feijão vence.

TUF Brazil 2 Final: William "Patolino" Macario (6-0) vs. Leonardo Santos (11-3)

Confronto clássico de um striker, Patolino,  e um grappler Leonardo Santos, combate de estilos, Patolino é bem forte e tem mãos pesadas, mas tem uma deficiência na luta agarrada, Leo Santos vai buscar, trocar apenas para se aproximar, ai aplicar seu Jiu Jitsu justo. Patolino é favorito, mas acredito que Leo Santos possa usar sua técnica e envergadura para controlar a luta e aplicar seu jogo. Palpite: Leo Santos vence por finalização.

Antonio Rodrigo Nogueira (34-7-1) vs. Fabricio Werdum (16-5-1)

A revanche de Werdum que perdeu para Minotauro em 2006 no Pride, em um bom combate, na época Minotauro era amplamente favorito, hoje, Werdum vem em um momento melhor, mas sem grande favoritismo. Luta imprevisível, Werdum melhorou sua trocação, Minotauro tem mãos afiadas, no chão, o gaúcho leva vantagem, mas Minotauro é uma lenda das finalizações, um combate muito bem casado. Difícil opinar. Palpite: Werdum vence.


4 de jun. de 2013

Megadeth - Super Collider





Nota 6,5


O Megadeth é um dos gigantes do Heavy Metal, a banda é a imagem e semelhança de seu líder e criador Dave Mustaine, um dos músicos mais geniais do gênero, por isso cada novo album de sua banda é cercado de expectativas, e claro assombrado pelas comparações com clássicos seminais tais quais Peace Sells, Rust in Peace e Contodwn To Extincion, mesmo com o passado glorioso a banda segue entregando bons trabalhos ao longo dos 30 anos de carreira.

 Sendo assim,  o Megadeth ainda pode apresentar músicas boas e relevantes sem tentar recriar seus clássicos. Em  Super Collider, Mustaine apresenta composições variadas buscando sonoridade mais amplas e com uma aproximação ao Hard Rock e Heavy Metal (como já havia feito no passado). 

Se você  espera um petardo calcado no Thrash Metal  nos moldes de Endgame, um clássico recente, esqueça, a proposta aqui é outra, mesmo considerando a mudança proposta o álbum é sensivelmente inferior ao registro de 2009.

Comparações a parte, gostei de algumas idéias da nova investida de Mustaine & Cia,  as guitarras do chefão e do excelente Chirs Brodrick estão afiadas, David Ellefson vem com suas linhas de baixo que remetem Youthnasya e Cryptic Writtings, com muito groove e diversidade, o batera Shaw Drover é correto e preciso, como as músicas pedem.

Como um bom amante e defensor da ousadia dentro do estilo, a proposta de Super Collider é válida, e tem seus bons momentos, sendo mais cadenciado e melódico do que os álbuns lançados pelo Megadeth a partir de 2004. Contudo, faltou algo, talvez uma ou outra canção mais rápida e pesada para acrescentar um pouco da essência da banda no disco.

 King Maker remete a Sweating Bullets. Com um vocal cativante, a faixa  titulo, Super Collider, causou polêmica, com seu andamento hard rock e arranjos mais simples e diretos desagradando quem esperava uma nova Head Crusher, mas no fim das contas a música não é de todo ruim.

Burn! aparece com a guitarra fritando no solo inicial e um bom andamento em mid tempo com os bumbos de Drover ditando o ritmo junto ao baixo criativo de Ellefson. A agressividade e o peso dão as cara em Built For War, Mustaine e Broderick mostram suas armas com um bom trabalho nas 6 cordas.

A parceria com David Draiman (Disturbed e Device) rendeu bem em Dancing in The Rain, uma grande música!  Don't  Turn Your Back acerta ao colocar energia e velocidade após uma intro bem calma, as duas são as melhores músicas do album!

O acento Southern Rock em The Blackest Crow falha miseravelmente em dar um tom de diversidade ao album, seria uma boa música para um trabalho solo de Mustaine, e músicas como Off The Edge e Begining Of Sorrow não levam o album a lugar algum.

Super Collider  tem momentos inspirados, mas tropeça na monotonia, além de  carecer da fúria de Mustaine, me parece que faltou um pouco de  testosterona nesse track list.




Super Collider




King Maker






Super Collider  (2013)


01. Kingmaker
02. Super Collider
03. Burn!
04. Built For War
05. Off The Edge
06.Dancing In The Rain (Feat David Draiman) 
07. Begining of Sorrow
08. The Blackest Crow
09. Forget To Remember (Feat David Draiman) 
10. Don't Turn Your Back 
11. Cold Sweat ( Thin Lizzy Cover) 

Produzido por Johnny K

A Banda

Dave Mustaine (Guitarra e Vocal)
Chris Broderick (Guitarra)
David Ellefson (Baixo)
Shawn Drover (Bateria)